segunda-feira, 29 de abril de 2013


    Durante cinco séculos o homem se viu em meio a um turbilhão de acontecimentos políticos,  sociais, culturais e econômicos. Segundo Marshall Berman (1986) do século XVI ao XVIII as pessoas estavam começando a experimentar a vida moderna, sem saber o que as tinham atingido. Berman chamou esse momento de primeira fase da modernidade. O que proponho discutir nesse Vídeo Blog com uma sequência de 10 vídeos é como a utopia da modernidade no século XIX, que Berman chamou de segunda fase da modernidade tornou-se desencanto no século XX, terceira fase.
   No Youtube podemos encontrar diversos vídeos que discutem a modernidade sobre o ponto de vista de Berman,  mas também podemos encontrar vídeos que apresentam discussões sobre o ponto de vista de outros intelectuais que defendem a existência de uma pós modernidade. 
     Entre os selecionados para nossa discussão esta esse vídeo que faz uma breve apresentação sobre as correntes filosóficas que discutem a modernidade.



    Nesse outro vídeo teremos uma explicação mais profunda do que é modernidade e do que alguns intelectuais chama de pós modernidade.  


    Nesse sentido vemos que a que eles chamam de pós modernidade é a descrença de que o homem por meios das tecnologias pudesse proporcionar uma vida plena e com qualidade de vida para todos. Essa talvez fosse a ideia inicial com o invento da primeiras máquinas, mas que ao observarmos ao longo do século XIX, XX e por que não agora no século XXI, que todo esse discurso não passou de uma utopia.      

      No século XIX durante a Segunda Revolução Industrial os intelectuais da época já registrava seu sentimento de dualidade diante dessa modernidade, o fascínio e o temor. Temor esse que vai se consolidar no século XX com o fim das utopias.

      Entretanto, o processo de industrialização ultrapassou as fronteiras de Londres e com a necessidade de um mercado consumidor para os produtos industrializados expandiu suas fronteiras, além, de Londres e de outros países da Europa. 

A experiência ambiental da modernidade anula todas as fronteiras geográficas e raciais, de classe e nacionalidade, de religião e ideologia: nesse sentido, pode-se dizer que a modernidade une a espécie humana (BERMAN, 1986, p. 15).

      Para auxiliar nossa discussão assistiremos um vídeo que fala sobre a Revolução Industrial e a expansão do mercado capitalista.   



   Com a industrialização  a burguesia criou uma capacidade produtiva sem igual e abriu uma possibilidade infinita para o desenvolvimento humano. A tecnologia seria uma ferramenta que auxiliasse o homem a superar suas limitações física.

A modernidade do século XIX, a primeira coisa que observamos será a nova paisagem, altamente desenvolvida, diferenciada e dinâmica, na qual tem lugar a experiência moderna. Trata-se de uma paisagem de engenho a vapor, fábricas automatizadas ferrovias, amplas novas zonas industriais; prolíficas cidades que cresceram do dia para a noite, quase sempre com aterradoras consequências humanas (BERMAN, 1986, p. 18).

  Berman nos diz que para termos uma ideia da complexidade e riqueza do modernismo do século XIX devemos prestar atenção em duas vozes: Nietzche e Karl Marx. No Youtube encontramos diversos vídeos de pesquisadores no assunto que falam sobre esses dois pensadores e o que eles dizem sobre a modernidade.



      Marx vai dizer que a vida moderna é contraditória na sua base, porque de um lado o homem teve acesso a tecnologias nunca antes imaginada na história. Todavia por outro lado, o maquinário, dotado do maravilhoso poder de amenizar e aperfeiçoar o trabalho humano, só faz, como se observa, sacrificá-lo e sobrecarregá-lo (BERMAN, 1986, p. 19, citando uma fala de Karl Marx).
     No próximo vídeo veremos algumas das tecnologias que mais encantaram a humanidade e que usamos na atualidade, bem como a chegada dessas tecnologias no Brasil. O documentário tratará da passagem do século XIX para o século XX.  
         


      Essas tecnologias ao mesmo tempo que fascinava o homem induzia ao consumismo como discutido no segundo vídeo. O trabalho compulsório é um fator provocado pela modernidade. Os próprios operários são uma invenção do tempo moderno, tanto quanto o próprio maquinários. Vejamos o vídeo abaixo, ele não necessariamente irá falar sobre os meios de produção do século XIX, mas nos dará um panorama das formas de trabalho em várias partes do globo, principalmente no século XX e XXI.




     Assistindo a esse vídeo, me perguntei: - o que há de novo em nossa sociedade se comparamos a sociedade moderna do século XIX? As leis trabalhistas! E o que mais? Inseridas dentro dessa lógica capitalista no qual "Time is Money". O valor social das pessoas nesse processo é medido pelo poder aquisitivos.




   Assistindo este vídeo e recordando o anterior, ainda continuo fazendo a mesma pergunta. O que há de novo em nossa sociedade se compararmos com a do século XIX? Sei que não é certo fazer essa comparação, porque estamos discutindo duas temporalidade diferente, mas o que quero chamar a atenção é que a sociedade continua com a mesma estrutura. Uns com muito e outros com pouco. Uns com os meios de produção e o outro com a força de trabalho.
   Com a desigualdade social, o aumento da exploração entre os seres humano e principalmente a 2ª Guerra Mundial fez com que a humanidade revesse suas ideias sobre a modernidade. No vídeo iremos assistir o que muitos intelectuais entre ele Bauman classificou como o rompimento definitivo das utopias da modernidade. 

      



    Entretanto em meio a tudo isso, Berman nos chama a atenção para o fato de que no século XX talvez seja o período mais brilhante e criativo da história da humanidade, quando menos porque sua energia criativa se espalhou por todas as partes do mundo (BERMAN, 1986, p. 23).





   E como estamos falando de arte e vivemos em uma  dialética sujeitos a transformações sociais, culturais, econômicas e politicas. Encero nesse primeiro momento ao som da música  "Tempos Modernos" composição e interpretação de Lulu Santos. 







REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BERMAN, Marshal. Modernidade – Ontem, Hoje e Amanhã. IN: ____. Tudo que é Sólido Desmancha no Ar. A aventura da Modernidade. São Paulo: Cia. Das Letras, 1986, p. 15-35